sábado, 17 de julho de 2010

CONTRATA-SE PASTORES COM URGÊNCIA

Estou farto de pessoas que se consideram senhores da razão. Manipuladores de palavras em favor de suas causas pessoais. Estou farto por que acredito que o propósito daquele que expõe uma idéia é, primordialmente, se abrir ao julgamento alheio e jamais ponderar de maneira absoluta sobre determinado assunto. Absoluta é apenas a palavra de Deus. E mesmo assim há alguns mestres em garimpar conveniência das sagradas escrituras.
Já me perguntaram por que eu não modero comentários neste blog. O único motivo que faz sentido para justificar minha decisão em conviver com o escárnio é que creio verdadeiramente que minhas palavras não são a meu favor. O objetivo de minha pregação não é a minha defesa. Mas com certeza sou o primeiro a vestir a carapuça em cada detalhe que sou capaz de apontar.
No contexto bíblico eram os doutores da lei que estavam com a razão. Eles tinham todos os motivos para perseguir a religião dos cristãos. Mas devemos sempre atentar para o fato de que nem sempre “ter bons motivos” basta.
Bons motivos são geralmente o motivo de nossas desgraças. Tome por exemplo as “alianças”. As entre ministérios fundamentadas em conveniências pessoais são totalmente desprezíveis. E no contexto evangélico a expressão “amizade de porta de bar” se transformou em “amizade em véspera de evento”. No restante dos dias, cada um que viva segundo a sua razão, lutando por seus próprios interesses. Cada um lutando por seu próprio feudo.
E enquanto isto alguns de nós continuam a caminhada. Fora do glamour e desesperados até o último fio de cabelo. Continuamos a clamar para que Deus mate as febres passageiras e que traga logo os autênticos trabalhadores. Precisamos que os pastores do rebanho de Deus sejam manifestos, por que as demandas tem se apresentado insaciáveis. Caminhamos sem nos justificar; mas lutando para que a justificação do evangelho alcance a muitos.
Em nossa igreja currículos de pastores são bem vindos. Mas apenas os escritos com sangue e suor; sobre a própria carne. Cujas referências ecoem como ações de graças a Deus em todo instante. E que sejam dignos o suficiente para renunciarem à razão. Pois o mundo está novamente cheio de doutores da lei.
Aos que convivem conosco na esperança de obterem apenas um estágio na vida cristã, afirmamos categoricamente que VOCÊS NÃO SÃO BEM VINDOS. E os que aguardavam um grito de recrutamento para alistarem-se nas milícias celestiais, MANIFESTEM-SE.

Este artigo foi tirado do blog do Ariovaldo.com.br

sexta-feira, 16 de julho de 2010

CARTA ABERTA AOS SUBVERSIVOS DE JESUS

Queridos amigos de indignação, paz!

Robinson Cavalcanti escreveu: "Um mundo novo é possível: uma igreja nova é imprenscindível". Eis a ânsia que nos une. Resolvi escrever essa carta (e não a velocidade impessoal do e-mail e seu internetês) porque cartas despertam aquela nostalgia deliciosamente clássica que parece ter sumido dos nossos dias, também porque precisamos cada vez mais estarmos juntos. Nossa força vem do nosso abraço. Nossa unidade é o megafone que potencializa nosso grito.
Algumas pessoas insistem em questionar nosso criticismo (ao invés de questionar seu alvo), então respondo: criticamos não porque vivemos encarcerados numa espiritualidade azeda (ainda que alguns de nós assim estejam), mas porque somos parte do corpo (I Co 12 . 12-27), e o que dói no corpo afeta nossa alma. Criticamos porque não conseguimos olhar para o ambiente eclesiástico com uma irresponsabilidade tatuada de piedade e tolerância, mas sim com a inquietação aprendida do olha de Jesus: "Vendo ele as multidões": em Jesus, o olhar constrói.
Tenho percebido que nossas críticas produzem algumas feridas. Contudo, se Jesus Cristo é o médico dos médicos", então, o melhor que temos a oferecer são justamente nossas feridas, principalmente quando são geradas pela adocicada fúria do amor: "Fiéis são as feridas feitas pelo que ama, mas os beijos do que odeia são enganosos" (PV 27:6). Nossas feridas não matam, aliás, nem mesmo são feridas, são apenas paradoxos benditos: machucam par sarar.
Ouso fazer um apelo: amigos subversivos, jamais nos esqueçamos da essência da nossa subversão: a centralidade de Cristo acima das ideologias (II Co 10:5), a santidade de Deus (Is 6: 1-7), a prática da oração (I Ts 5:17), a meditação nas Escrituras (Sl 119: 101-106), o cuidado no discipulado que forma o caráter (II Tm 2) e a afirmação da Cruz de Cristo (I Co 1:18). Esse é o nosso baluarte! Essa é a nossa gloriosa herança!
Por favor, meus amigos de gemido, nossa causa é a mais nobre de todas as causas: a luta pela regeneração da igreja! Não se trata de arrogância intelectualóide, mas de temor e tremor. Apenas captamos o chamado do Espírito e adestramos nossas fúrias, canalizando-as para a defesa fiel dos valores do Reino.
Ao empresários da fé, paipóstolos, malandros de púlpito, vagabundos da celestialidade bandida, um aviso: não vamos parar! O que nos une é a certeza feliz de que sempre tem alguém ouvindo e respondendo ao nosso grito!

Por uma igreja verdadeiramente Igreja...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

REVOLUCIONÁRIOS MALTRAPILHOS

Imagine uma comunidade diferente. Eles vivem como estranhos e estrangeiros num mundo que não é o seu próprio. Eles estão em uma jornada rumo a um lugar melhor. Eles não se satisfazem com a simples sobrevivência ou a mediocridade. Por isso não se rendem ao contentamento. Eles andam na luz, não querem segredos ou vidas paralelas ou interessantes ocultos. Estão dispostos a admitir o que já foram.
Eles afirmam com um sorriso: "eu já fui um lixo, eu não tinha nada, eu era o pior dos piores, fui vil, feio e violento, desesperado, sujo e tolo." Eles dão gargalhadas ao dizerem "eu já estive morto, mas agora..." e desse contraste - o mas agora - eles extraem a sua força, o combustível que mantém sua rebelião forte, não no seu presente, mas na presente realidade do seu futuro. Por isso com a boca cheia afirmam "mas agora eu tenho vida, agora eu amo, agora eu rio, agora eu reparto, agora eu sirvo, agora eu sacrifico. Agora eu não estou mais só, eu faço parte de um povo. Agora eu sou parte do povo de Deus. Antes eu era nada, mas agora eu sou alguém, eu sou parte de uma nação celestial. Nós estávamos atolados e presos na loucura da nossa própria vida e pecado, mas agora somos um movimento, somos um movimento crescente e com o coração em chamas, completamente entregues, devotos, renascidos que encontram propósito na vida de um Deus vivo. E esse Deus prefere que tratemos de pai e sob o seu amor e poder avançamos a nossa revolucionária conspiração de bondade.
O nosso objetivo é tão simples de ser compreendido quanto aparentemente ridículo de se concretizar. O nosso objetivo é amar. Vermos o amor reinando em todo o lugar como um ditador benevolente. Amor nas ruas, nos becos, nas avenidas. Amor nas cidades e nos campos. Amor nos condomínios e nas favelas. Amor fluindo e cambaleante como um bêbado que desce a rua Augusta. Que chega aos brancos, negros, amarelos e vermelhos, qua fala todas as linguas e não conhece racismo. Que abraça os doutores, os doentes, os traficantes, os bancários, os políticos, as prostitutas, os policiais, os detentos, os drogados, trabalhadores que ganham pouco, vagabundos que ganham muitos. Amor pra todos e tudo por amor.
Somos revolucionários maltrapilhos contra o ódio, a guerra, o preconceito, a solidão, o tédio e a falta de propósito. Clientes de que Jesus não morreu para que fôssemos igreja uma vez por semana, cantarmos algumas canções e fingirmos que aprendemos alguma coisa. Cremos que a sua morte foi o início dessa revolução e em sua ressurreição recebemos nossa ordem de avançar e a ordem é essa: amem! Amem como eu amei vocês, e quando vocês amarem então vocês viverão.